E porque nunca é demais relembrar e falar nisto, adotar um animal é assumir um compromisso para toda a vida. Antes de adotar um animal é necessário refletir sobre alguns pontos fundamentais para uma Adoção e Posse Responsável.
Tem recursos financeiros para alimentá-lo? Dar-lhe tratamento médico sempre que for necessário? Tem tempo para se dedicar, brincar, passear, enfim, cuidar dele com amor e atenção? Se a resposta for “não”, não adote um animal. Mas se a resposta for “sim”, saiba que compromissos deve assumir a partir do momento que o fizer:
Alimentar o seu animal
Manter o seu animal bem alimentado, dando-lhe uma ração específica para a sua espécie e condição física, em quantidades adequadas e fornecendo-lhe sempre água fresca. Os gatos não devem ser alimentados com ração de cão e vice-versa. Os cães e os gatos não merecem ser alimentados com restos de comida humana nem deixados sem água. Não deixe água estagnada na tigela, além de ser prejudicial à saúde do animal, esta água pode acumular larvas de mosquitos, prejudicando também a sua saúde.
Oferecer um local adequado para viver
O animal deve estar abrigado do calor, do frio e da chuva. O melhor lugar para um amigo é perto de nós. Se isso não for possível, por alguma razão, dê-lhe pelo menos uma casa para se proteger, arejada e adequada ao seu tamanho. O ambiente precisa de estar adaptado à sua presença. No caso de apartamentos, as redes são indispensáveis nas janelas, mesmo que se trate de cães. Se mora numa casa, mantenha o animal em local onde não possa fugir para a rua. As ruas são extremamente perigosas para animais de qualquer espécie.
Desparasitação
Cão – a partir das 2 semanas. Uma vez por mês até aos 6 meses. Depois dos 6 meses, de 4 em 4 meses.
Gato – a partir das 3/4 semanas, ministrando, duas doses antes da primeira vacina às 9 semanas. Uma vez por mês até aos 6 meses. Depois dos 6 meses, de 4 em 4 meses.
Vacinação
Todos devem ser vacinados e o reforço da vacinação deve ser dado anualmente.
Cão – às 6 semanas, a 1ª dose contra a esgana, hepatite contagiosa, parvovirose, leptospirose, tosse do canil, babasiose e parainfluenza. Às 12 semanas, a 2ª dose. A partir dos 3 meses e meio, a vacina contra a raiva. Depois, uma vez por ano, o reforço.
Gato – às 9 semanas, a 1ª dose contra a panleucopenia, rinotraqueíte, clamidiose e calcivirose e podem também ser vacinados contra o FELV. Um mês depois, a 2ª dose. Depois, uma vez por ano, o reforço.
Esterilizar
Esterilizar é a melhor opção. Isto ajuda a evitar que haja mais animais abandonados. A cada ano, centenas de bebés indesejados são abandonados nas ruas, a maioria morre antes de contemplar um ano. Mesmo que esteja convicto de que não abandonaria um animal, pense da mesma forma porque não há casas disponíveis para todos os animais.
Além disso, a esterilização traz benefícios para ele e também para si. Ele tornar-se-á mais carinhoso e tranquilo, as hipóteses de fuga serão muito menores. Os animais podem ser esterilizados a partir dos seis meses, quanto mais cedo for feita a esterilização, menores as hipótese de tumores mamários e uterinos nas fêmeas e de inflamação da próstata e testículos nos machos.
Manter o animal dentro de casa
A rua não é o lugar para o animal estar. Mesmo que more num local tranquilo, não exclui o risco de maus-tratos ou de atropelamento. Mantenha os seus animais dentro de casa ou num local de onde não possam fugir, esta é a única maneira de evitar problemas para eles, para si e para as outras pessoas também.
Oferecer um lar e não uma prisão
Jamais deixe o seu cão acorrentado ou o gato numa jaula. Gostava que lhe fizessem isso? Manter os animais presos, sem nenhuma possibilidade de movimentação, é um acto de crueldade. Lembre-se sempre que a sua casa é um lar para o animal, não uma prisão.
Não castigar ou maltratar
A punição física não adianta de nada e não corrige comportamentos indesejados. Bater no animal, além de ser um ato de extrema covardia, faz com que ele se torne medroso, inseguro e que deixe de confiar em si, o que não é bom para os dois. Trate os seus animais como gostaria de ser tratado.
Levar ao veterinário sempre que for preciso
Não confie em conselhos e palpites de curiosos. O profissional mais indicado para cuidar do seu animal é o médico veterinário. Procure um veterinário sempre que necessário, para orientação, vacinação ou se o animal apresentar qualquer sintoma de doença. Esteja sempre atento à sua saúde, verifique sempre seu estado geral, principalmente se for um gato. Os gatos são animais que escondem a sua dor e doença como forma de defesa dos outros, qualquer alteração no seu comportamento pode ser um sinal de doença. Não meça esforços para lhe dar o melhor tratamento possível, mesmo que não possua uma excelente situação financeira, existem locais onde pode tratá-lo a preços mais acessíveis.
Ser companheiro
Aprenda a respeitar a forma de ser de cada animal, é isso que o faz único. Trate-o sempre com carinho e amor. Procure compreender que tudo o que ele faz é para agradá-lo e ser digno do seu amor. Aceite esse amor incondicional. Ninguém será capaz de amá-lo de forma tão desinteressada e isenta de julgamentos como o seu animal.
Ser responsável
Nem sempre as coisas são como desejamos, nem sempre os nossos animais se comportam da forma esperada. Mas lembre-se de que é responsável por ele, seja como for, aconteça o que acontecer. E que ninguém abandona um filho porque este partiu alguma coisa, sujou a casa, fez uma birra ou se envolveu em problemas. Com o seu animal é igual, a partir do momento que o recebe ele é da sua responsabilidade e precisa de si para viver.
Na velhice, não desamparar
Não é justo que se desfaça do animal justamente na fase em que ele mais precisa de si. A nossa sociedade é extremamente injusta com os idosos. O seu animal amou-o e compreendeu-o, faça o mesmo, cuide dele até ao fim.
JAMAIS ABANDONAR
Finalmente, jamais abandone. Animais abandonados são vítimas fáceis das piores crueldades. Não caia na conversa de que haverá sempre “alguma alma boa” que cuide dele. A realidade não é essa.
Processo de Adoção
Para a adoção dos animais, o primeiro contacto é feito pelo adotante, via e-mail ou telefone. Gostamos sempre de conhecer e falar com os possíveis adotantes dos nossos bichos, para que possamos verificar se estes possuem as condições ideais para a adoção do animal em causa, e também, se este se adequa ao futuro dono. Cada animal tem características próprias que devem ser respeitadas. Gostamos igualmente de conhecer o local onde o animal vai residir e mais tarde visitá-lo.
Para a adoção dos nossos cães e gatos, o adotante deve conhecer (e aceitar) as nossas normas de adoção:
- Responder a um questionário;
- Preencher uma ficha de adoção/acordo de responsabilidade;
- Apresentar BI/CC e comprovativo da morada (recibo da água, luz, telefone, etc.);
- É importante que os adotantes nos vão informando acerca da adaptação do animal ao seu novo lar;
- Todos os nossos cães e gatos serão entregues em casa dos seus adotantes, preferencialmente à sexta-feira;
- Os gatos bebés são entregues a partir dos dois meses, desparasitados, com a primeira vacina tomada e, quando se
justificar, com os testes FIV/FELV feitos; - Os gatos jovens e adultos são entregues esterilizados/castrados, desparasitados, vacinados e com os testes FIV/FELV feitos;
- Os cães bebés são também entregues a partir dos dois meses, desparasitados, vacinados e “chipados”;
- Os cães jovens e adultos são entregues esterilizados/castrados, desparasitados, vacinados e “chipados”;
- É obrigatório, nos cães e gatos adotados com menos de 6 meses, que o animal seja esterilizado entre os 6 e 8 meses. Por ser obrigatório, é uma cirurgia que fica da responsabilidade da associação, pelo que o adotante deverá entrar em contacto connosco para que a mesma possa ser agendada.
Somos uma Associação que luta todos os dias para dar as melhores condições possíveis aos nossos patudos, mas sentimos muitas dificuldades a nível financeiro. Os donativos que recebemos são insuficientes para tratar de todos os nossos cães e gatos, principalmente daqueles que estão mais doentes e/ou são mais velhos. Por isso, contamos com a boa vontade dos adotantes, no sentido de ajudarem a pagar as vacinas, testes e chip, quando nos adotam um animal.